A praça do Diamante
Mercè RodoredaNum monólogo de profunda densidade psicológica, Mercè Rodoreda contrapõe o sofrimento pessoal de Colometa à dor coletiva de uma Espanha assolada pela Guerra Civil, exausta e faminta. A suposta ingenuidade da protagonista, sempre à mercê dos acontecimentos e das pessoas ao seu redor, aparece nas entrelinhas de A praça do Diamante, por meio de uma linguagem envolvente, utilizada às vezes em sentido ambíguo, com uma discreta ironia, além de toques de crueldade, agressividade e grande lirismo.
"Abrir um romance, ler suas primeiras linhas e já sentir-se levado pela história e pela maneira como ela está sendo contada: esse é um dos itens incontestáveis da minha lista particular de Coisas Mais Prazerosas da Existência. Quando acontece por acaso, com uma obra sobre a qual sei previamente nada ou quase nada, tanto melhor. Foi assim com A praça do Diamante."
– Carol Bensimon, no blog da TAG